A agência de notação financeira Fitch Ratings considera que, depois da criação de um fundo de emergência e de vários países da região terem apresentado planos de redução do défice orçamental, o cenário de colapso da Zona Euro “é agora ainda mais remoto”.
Num relatório hoje publicado, a agência de notação financeira assinala que o risco de uma divisão da Zona Euro, no curto e médio prazo, “permanece baixo”.
Esta já era a visão da Fitch, que agora sai reforçada, sobretudo depois de os líderes europeus terem criado um fundo de emergência de 500 mil milhões de euros para socorrer países em dificuldades, de o BCE ter decidido comprar dívida pública de países onde o mercado era disfuncional, e também de vários países terem acelerado os planos de redução do défice orçamental.
Deste modo, o risco de colapso da Zona Euro “parece ainda mais remoto”, refere a Fitch, salientando os elevados obstáculos legais, financeiros e económicos a este cenário.
Ainda assim, a mesma fonte acredita que é provável ocorrerem mais episódios de “extrema volatilidade nos mercados”, sobretudo até acontecer a recuperação da economia e a descida do défice orçamental da região.
“A crise de confiança na viabilidade de longo prazo do euro reflecte os severos desequilíbrios económicos na região do euro, o cepticismo de vários países serem capazes de ajustar as suas economias sem a possibilidade de desvalorizar a moeda, bem como as dúvidas acerca do compromisso político na Zona Euro, dada a hesitação inicial na ajuda à Grécia”, refere a Fitch.
A agência de notação financeira lembra ainda que a deterioração mais acentuada nas contas públicas ocorreu nos países com o maior endividamento no sector privado. A excepção é a Grécia, cuja crise está mais relacionada com a falsificação das contas públicas e um problema de credibilidade.
fonte: jornal negócios
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